Galápagos é um arquipélago vulcânico localizado a cerca de mil quilômetros da costa do Equador. Composto por 13 ilhas principais e dezenas de ilhotas, o conjunto é considerado um dos lugares mais biodiversos e únicos do planeta. Foi aqui que Charles Darwin encontrou inspiração para sua teoria da evolução, ao observar as diferenças entre espécies de uma mesma família adaptadas a ambientes distintos. A população residente gira em torno de 30 mil pessoas, distribuídas entre quatro ilhas habitadas: San Cristóbal, Santa Cruz, Isabela e Floreana. O clima é equatorial semiárido, com estações pouco definidas: de junho a novembro predomina um clima mais fresco e nublado, enquanto de dezembro a maio as temperaturas sobem e o sol aparece com mais frequência. Declaradas Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, as ilhas são um verdadeiro laboratório natural a céu aberto, onde espécies marinhas e terrestres convivem com regras rígidas de preservação e com turistas curiosos como nós.
Saímos de Quito bem cedo, fazendo escala rápida em Guayaquil, e aterrissamos em San Cristóbal por volta das 10h30. Antes de embarcar é preciso saber: todas as malas são revistadas antes do despache, e há uma taxa de USD 20 por pessoa para custear esse procedimento. Além disso, ao chegar na ilha, a bagagem é inspecionada por um cão farejador. Pagamos a taxa de entrada ao Parque Nacional: USD 100 para turistas da América do Sul (e USD 200 para visitantes de outras regiões).
Ao chegar, pegamos um taxi até o nosso hotel: Galapágos Sunset. Com esse mesmo taxista, contratamos um passeio de carro para saída às 12h. O passeio privativo, custou USD 80 para nós dois. O motorista nos levava aos atrativos e aguardava enquanto fazíamos nossas explorações por conta própria.
Roteiro:
Laguna El Junco
Visitamos a única lagoa de água doce do arquipélago, formada dentro da cratera de um vulcão extinto, a cerca de 700 m acima do nível do mar. O caminho até o espelho d’água, com cerca de 270 m de diâmetro e profundidade de até 6 m, exige uma leve caminhada, mas é compensado pela beleza da vegetação nativa, juncos, miconias, e a chance de avistar fragatas limpando as penas na água.
Centro de Reprodução “David Rodríguez”
Logo após, chegamos ao Centro de Reprodução de Tartarugas Gigantes, onde pudemos observar os esforços de conservação de filhotes e adultos da espécie endêmica de San Cristóbal. O ponto alto do passeio é a observação das tartarugas terrestres gigantes que habitam ali.
Praia de Puerto Chino
Para encerrar, caminhamos por entre cactos e arbustos típicos da zona árida até chegarmos à areia branca e mar tranquilo da praia de Puerto Chino. Vimos leões-marinhos descansando e aproveitamos para fechar o passeio com um mergulho. Aqui também há um morro onde você pode subir para observar os pássaros. É muito comum ver os Atobá de patas azuis, e dessa vez, demos sorte, vimos ele já desde a praia. Onde o vimos em ação, onde ele mergulha para “pescar”. E ao chegar no morro tivemos uma vista privilegiada, inclusive dos seus pézinhos azuizinhos.
Esse passeio nos mostrou como Galápagos combina jornadas surpreendentes em terra e biodiversidade exuberante. Foi uma ótima forma de iniciar, sem pressa, cheio de paisagens, tartarugas e mar. E só está começando.
Para fechar o dia assistimos o pôr do sol do terraço do nosso hotel e saímos a pé para comer e decidir o roteiro dos próximos dias.
No próximo post: 📍 Ilha de Santa Cruz.
📌 Dicas extras
- Leve água, protetor solar, chapéu ou boné.
- Não há custo de entrada nos atrativos (Laguna El Junco, Centro, Puerto Chino).
- Combine hospedagem e passeios com antecedência para garantir disponibilidade.
Embora eu seja uma planejadora nata, daquelas que viajam com roteiro, reservas e planilhas, dessa vez deixei um pouco de espaço para o improviso. Não reservamos passeios com antecedência e, naquela mesma noite, depois do jantar, saímos caminhando pelas ruas da ilha em busca de agências de turismo para decidir o que faríamos nos dias seguintes. Embora tenha sido interessante, algumas opções já estavam esgotadas. Por isso, se você estiver pensando em visitar Galápagos, minha sugestão é simples: reserve com antecedência.